terça-feira, 25 de maio de 2010

Mr Jones

Um filme sobre um bipolar que recomendamos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Relatório da Palestra do dia 29 de Abril

No dia 29 de Abril, o grupo de Área de Projecto que trata o tema "2012 - Realidade ou Ficção" realizou uma palestra no Auditório José Saramago, que contou com a presença da Dr. Rosa Duran, astrónoma.
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Este encontro teve como tema o suposto "fim do mundo" que teria lugar no dia 21 de Dezembro de 2012, e foi abordada a pespectiva astronómica desta profecia, tendo sido discutidos temas tais como os alinhamentos planetários e o alinhamento com o centro da galáxia, que levariam a acontecimentos catastróficos. A convidada deixou claro que tais alinhamentos são extremamente improváveis e que, mesmo sendo verificados, não levariam a nenhuma alteração extrema, como por exemplo à alterção dos campos magnéticos da Terra, uma vez que este é um processo natural, continuo e extremamente lento.
Concluimos assim que, pelo menos da perspectiva astronómica, o mundo não vai acabar em 2012.
Esta palestra mostrou-se particularmente interessante pela sua abordagem estritamente científica e pela apresentação de dados exactos e cientificamente comprovados.
11 de Maio de 2010
"As Psiquiatras"

domingo, 9 de maio de 2010

Caso Clínico - Bipolaridade

A Sr.ª A, uma professora solteira com 30 anos de idade, foi arrastada pelos pais ao hospital, cada um deles puxando por seu braço. Quando o médico entra na sala de consulta, a doente anda sem parar, cantando alto. Ao ser apresentada ao médico, a Sr.ª A repara na gravata verde que este traz e assume que este se chama Dr. Green. Ela consola-o por ter olhos mais acastanhados do que esverdeados, assegurando-lhe que o médico pode mudar a cor dos olhos, se o desejar com força suficiente. A atenção dela transfere-se imediatamente para outra coisa, e a Sr.ª A pronuncia-se sobre oito assuntos diferentes durante os primeiros dois minutos da consulta. Embora à primeira vista se mostre amistosa e atrevida, oferecendo-se ao médico para lhe mostrar uma contusão ao cimo da coxa, logo que o médico sugere a sua hospitalização enfurece-se, ameaçando agredi-lo. Afirma aos gritos que os pais o subornam para que a encarcere no hospital, de forma a receberem a sua indemnização por incapacidade. Ameaça, vociferando, que tem amigos na Máfia, a quem ordenará que eliminem os pais e o médico. Este episódio passou-se subtilmente à dez dias, pouco depois de a Sr.ª A ter rompido com o namorado. Desde essa altura passou a dormir apenas algumas horas por noite, perdeu cerca de quatro quilos, encomendou livros escolares no valor de milhares de dólares para os seus alunos e tem feito dúzias de telefonemas interurbanos. A doente tem ouvido vozes masculinas e femininas, que a aconselham a matar-se e que persistentemente a insultam, chamando-lhe nomes. Ela está convencida que as vozes são inspiradas pelos seus pais, mas afirma não saber como eles as conseguem transmitir. Também se convenceu que os seus pensamentos podem influenciar o curso dos acontecimentos futuros e que os seus sonhos aparecem de forma dissimulada no jornal diário. Dois observadores discordam quanto à forma como se caracterizará melhor os pensamentos desordenados da Sr.ª A. Um deles descreve os seus pensamentos em torrente como uma fuga de ideias; O outro considera-os mais desarticulados e classifica-os como um padrão de descarrilamento. Ambos concordam que ela, por vezes, é bastante incoerente. A doente é filha única e foi sempre a menina querida dos olhos dos pais. Desde a primeira infância tem sido difícil agradar-lhe, é sujeita a frequentes acessos de raiva, globalmente amarga e extremamente ávida de possuir coisas (embora se aborreça logo que as adquire). Nunca se casou, embora o deseja-se fazer, e apesar da sua beleza e encanto. A Sr.ª A sente-se frequentemente vazia e irreal, desligada do estranho reflexo que vê ao espelho. Estes sentimentos são intermitentes e podem ser interrompidos pela procura de estímulos (por exemplo, álcool, drogas, música ruidosa…). Embora tenha tendência para se sentir pessimista, infeliz, chorosa, e suicida, estes sentimentos desvanecem-se prontamente, logo que encontra um novo conhecimento masculino. Não tem sintomas vegetativos de depressão, excepto durante os episódios agudos. Não obstante todas as suas dificuldades, a Sr.ª A tem sido uma trabalhadora estável, angaria o seu sustento, e é capaz de viver sozinha.

sábado, 8 de maio de 2010

Transtorno Obcessivo Compulsivo - Video Monk

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Todos temos pensamentos estranhos, que conseguimos afastar, ou que não nos causam grande incómodo. Quando esses pensamentos aparecem fara do controlo, sendo tão intensos e intrusivos, que nos obrigam a certos comportamentos e rituais, para nos libertar-mos dessas ideias e medos, pode tratar-se de um caso de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Preocupação excessiva com a limpeza, lavagem de mãos demasiado frequente, verificar se as janelas ou as portas estão fechadas inúmeras vezes, desespero pela disposição dos objectos não ser simétrica, entre outros comportamentos, são factores indicativos de que um indivíduo sofre de TOC.

Alguns dos sintomas mais frequentes deste transtorno são: rituais, repetições, evitações, dúvidas, preocupações excessivas, pensamentos impróprios e obscenos, ansiedade, medo, sentimento de culpa, entre outros.

O que caracteriza o Tanstorno Obsessivo Compulsivo são as obsessões e as compulsões. As obsessões são pensamentos, palavras, ideias, frases, que aparecem na nossa consiencia de forma repetida e persistente. O indivíduo tem a noção que estas ideias são irracionais ou absurdas e, ao tentar afasta-las sem suceeso, sente-se frustrado, angustiado e com medo. As compulsões são os comportamentos tomados, de modo a aliviar o sofrimento causado pelas obsessões (ex: rituais, actos repetitivos).

Algumas das obsessões mais frequentes podem ser:
- Sujidade, contaminação;
- Impulsos ou ideias de insultar ou ferir alguém;
- Sexo ou obscenidades;
- Simetria, exactidão, perfeição;
- Dúvidas ou incertezas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Transtorno Bipolar - O que é?

Esta enfermidade é caracterizada por variações extremas de humor, havendo episódios depressivos e outros de mania, intercalados de episódios de normalidade. A natureza, a duração e a intensidade destes episódios variam bastante de pessoa para pessoa. A principal causa desta patologia é genética, sendo herdada a pré-disposição para esta doença. É de carácter recorrente, sendo que os episódios se vão repetindo ao longo da vida. Se não for feito o tratamento, a qualidade de vida dos doentes fica comprometida a nível social, profissional, económico e psicológico.

Transtorno Bipolar - Números


- Dois terços dos doentes desenvolvem a doença até aos 19 anos;
- Atinge cerca de 10% da população mundial, sendo que 1% a 2% corresponde a Bipolaridade de Tipo I e os restantes 8% a Bipolaridade de Tipo II, III, IV e ciclotimia;
- Sabe-se que pelo menos metade das pessoas com sintomas depressivos tiveram ou terão hipomania (estado de humor extremamente elevado), o que figura a Bipolaridade;

- Aproximadamente passam 10 anos e 3 médicos para que alguém que sofra desta patologia seja diagnosticado e tratado correctamente;

- Estima-se que 50% das pessoas bipolares consobem abusivamente álcool e/ou drogas;

- Mais de 70% dos bipolares têm algum outro transtorno associado a esta doença (de ansiedade, de impulsos, distúrbios alimentares, dependência de drogas…)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Concepção moderna de psicopatologia

As perturbações de que temos vindo a falar designam-se por “mentais” porque os seus sintomas são essencialmente psicológicos, independentemente ou não de poderem vir a provocar sintomas físicos. A definição de psicopatologia mais aceite hoje em dia foi proposta pela Associação Americana de Psiquiatria no seu categorizado manual das perturbações mentais – Diagnostical and Statistical Manual for Mental Disorders (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais) DSM-IV: cada uma das perturbações mentais é conceptualizada como uma síndrome ou padrão comportamental ou psicológico clinicamente significativo que se manifesta numa pessoa e que está associado com mal-estar actual (sintoma doloroso) ou incapacidade (impedimento de funcionar em uma ou mais áreas importantes) ou ainda com um aumento significativo do risco de se verificar morte, dor, debilitação ou perda importante de liberdade.

sábado, 1 de maio de 2010

Carta De Um Esquizofrénico

Aqui têm uma possível entrada de diário de um esquizofrénico. Como podem ver, um indivíduo esquizofrénico apresenta um pensamento desorganizado. Este, pensa-se, deve-se à incapacidade para filtrar os estímulos exteriores que resulta numa hiperestimulação. Leiam e compadeçam-se.
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Estou a escrever em papel. A caneta que estou a utilizar é feita por uma fábrica que se chama “Perry & Co.”. Esta fábrica é em Inglaterra. Presumo. Por detrás do nome Perry Co., está inscrita na cidade de Londres; mas não a cidade. A cidade de Londres é em Inglaterra. Lembro-me disto dos meus dias de escola. Nessa altura gostava muito de geografia. O meu último professor nessa matéria foi o Professor Augusto A.. Era um homem de olhos negros. Também gosto de olhos negros. Também há olhos azuis e cinzentos e ainda de outros tipos. Ouvi dizer que as cobras têm olhos verdes. Todas as pessoas têm olhos. Existem também algumas que são cegas. Estas pessoas cegas são conduzidas por um rapaz (Bleuler, 1911)