segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Caros leitores,
como devem saber, o ano lectivo 2009/2010 dá-se agora por terminado. Avizinha-se a grande entrada numa nova etapa, pelo que talvez a nossa participação com posts no blogue deixe de ser tão activa como até Maio deste ano. No entanto, leitores, queremos que saibam que estamos a fazer um esforço para continuar a publicar informação sobre Psiquiatria, Psicologia e Saúde Mental.
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Obrigada pela vossa atenção!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mr Jones

Um filme sobre um bipolar que recomendamos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Relatório da Palestra do dia 29 de Abril

No dia 29 de Abril, o grupo de Área de Projecto que trata o tema "2012 - Realidade ou Ficção" realizou uma palestra no Auditório José Saramago, que contou com a presença da Dr. Rosa Duran, astrónoma.
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Este encontro teve como tema o suposto "fim do mundo" que teria lugar no dia 21 de Dezembro de 2012, e foi abordada a pespectiva astronómica desta profecia, tendo sido discutidos temas tais como os alinhamentos planetários e o alinhamento com o centro da galáxia, que levariam a acontecimentos catastróficos. A convidada deixou claro que tais alinhamentos são extremamente improváveis e que, mesmo sendo verificados, não levariam a nenhuma alteração extrema, como por exemplo à alterção dos campos magnéticos da Terra, uma vez que este é um processo natural, continuo e extremamente lento.
Concluimos assim que, pelo menos da perspectiva astronómica, o mundo não vai acabar em 2012.
Esta palestra mostrou-se particularmente interessante pela sua abordagem estritamente científica e pela apresentação de dados exactos e cientificamente comprovados.
11 de Maio de 2010
"As Psiquiatras"

domingo, 9 de maio de 2010

Caso Clínico - Bipolaridade

A Sr.ª A, uma professora solteira com 30 anos de idade, foi arrastada pelos pais ao hospital, cada um deles puxando por seu braço. Quando o médico entra na sala de consulta, a doente anda sem parar, cantando alto. Ao ser apresentada ao médico, a Sr.ª A repara na gravata verde que este traz e assume que este se chama Dr. Green. Ela consola-o por ter olhos mais acastanhados do que esverdeados, assegurando-lhe que o médico pode mudar a cor dos olhos, se o desejar com força suficiente. A atenção dela transfere-se imediatamente para outra coisa, e a Sr.ª A pronuncia-se sobre oito assuntos diferentes durante os primeiros dois minutos da consulta. Embora à primeira vista se mostre amistosa e atrevida, oferecendo-se ao médico para lhe mostrar uma contusão ao cimo da coxa, logo que o médico sugere a sua hospitalização enfurece-se, ameaçando agredi-lo. Afirma aos gritos que os pais o subornam para que a encarcere no hospital, de forma a receberem a sua indemnização por incapacidade. Ameaça, vociferando, que tem amigos na Máfia, a quem ordenará que eliminem os pais e o médico. Este episódio passou-se subtilmente à dez dias, pouco depois de a Sr.ª A ter rompido com o namorado. Desde essa altura passou a dormir apenas algumas horas por noite, perdeu cerca de quatro quilos, encomendou livros escolares no valor de milhares de dólares para os seus alunos e tem feito dúzias de telefonemas interurbanos. A doente tem ouvido vozes masculinas e femininas, que a aconselham a matar-se e que persistentemente a insultam, chamando-lhe nomes. Ela está convencida que as vozes são inspiradas pelos seus pais, mas afirma não saber como eles as conseguem transmitir. Também se convenceu que os seus pensamentos podem influenciar o curso dos acontecimentos futuros e que os seus sonhos aparecem de forma dissimulada no jornal diário. Dois observadores discordam quanto à forma como se caracterizará melhor os pensamentos desordenados da Sr.ª A. Um deles descreve os seus pensamentos em torrente como uma fuga de ideias; O outro considera-os mais desarticulados e classifica-os como um padrão de descarrilamento. Ambos concordam que ela, por vezes, é bastante incoerente. A doente é filha única e foi sempre a menina querida dos olhos dos pais. Desde a primeira infância tem sido difícil agradar-lhe, é sujeita a frequentes acessos de raiva, globalmente amarga e extremamente ávida de possuir coisas (embora se aborreça logo que as adquire). Nunca se casou, embora o deseja-se fazer, e apesar da sua beleza e encanto. A Sr.ª A sente-se frequentemente vazia e irreal, desligada do estranho reflexo que vê ao espelho. Estes sentimentos são intermitentes e podem ser interrompidos pela procura de estímulos (por exemplo, álcool, drogas, música ruidosa…). Embora tenha tendência para se sentir pessimista, infeliz, chorosa, e suicida, estes sentimentos desvanecem-se prontamente, logo que encontra um novo conhecimento masculino. Não tem sintomas vegetativos de depressão, excepto durante os episódios agudos. Não obstante todas as suas dificuldades, a Sr.ª A tem sido uma trabalhadora estável, angaria o seu sustento, e é capaz de viver sozinha.

sábado, 8 de maio de 2010

Transtorno Obcessivo Compulsivo - Video Monk

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Todos temos pensamentos estranhos, que conseguimos afastar, ou que não nos causam grande incómodo. Quando esses pensamentos aparecem fara do controlo, sendo tão intensos e intrusivos, que nos obrigam a certos comportamentos e rituais, para nos libertar-mos dessas ideias e medos, pode tratar-se de um caso de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

Preocupação excessiva com a limpeza, lavagem de mãos demasiado frequente, verificar se as janelas ou as portas estão fechadas inúmeras vezes, desespero pela disposição dos objectos não ser simétrica, entre outros comportamentos, são factores indicativos de que um indivíduo sofre de TOC.

Alguns dos sintomas mais frequentes deste transtorno são: rituais, repetições, evitações, dúvidas, preocupações excessivas, pensamentos impróprios e obscenos, ansiedade, medo, sentimento de culpa, entre outros.

O que caracteriza o Tanstorno Obsessivo Compulsivo são as obsessões e as compulsões. As obsessões são pensamentos, palavras, ideias, frases, que aparecem na nossa consiencia de forma repetida e persistente. O indivíduo tem a noção que estas ideias são irracionais ou absurdas e, ao tentar afasta-las sem suceeso, sente-se frustrado, angustiado e com medo. As compulsões são os comportamentos tomados, de modo a aliviar o sofrimento causado pelas obsessões (ex: rituais, actos repetitivos).

Algumas das obsessões mais frequentes podem ser:
- Sujidade, contaminação;
- Impulsos ou ideias de insultar ou ferir alguém;
- Sexo ou obscenidades;
- Simetria, exactidão, perfeição;
- Dúvidas ou incertezas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Transtorno Bipolar - O que é?

Esta enfermidade é caracterizada por variações extremas de humor, havendo episódios depressivos e outros de mania, intercalados de episódios de normalidade. A natureza, a duração e a intensidade destes episódios variam bastante de pessoa para pessoa. A principal causa desta patologia é genética, sendo herdada a pré-disposição para esta doença. É de carácter recorrente, sendo que os episódios se vão repetindo ao longo da vida. Se não for feito o tratamento, a qualidade de vida dos doentes fica comprometida a nível social, profissional, económico e psicológico.

Transtorno Bipolar - Números


- Dois terços dos doentes desenvolvem a doença até aos 19 anos;
- Atinge cerca de 10% da população mundial, sendo que 1% a 2% corresponde a Bipolaridade de Tipo I e os restantes 8% a Bipolaridade de Tipo II, III, IV e ciclotimia;
- Sabe-se que pelo menos metade das pessoas com sintomas depressivos tiveram ou terão hipomania (estado de humor extremamente elevado), o que figura a Bipolaridade;

- Aproximadamente passam 10 anos e 3 médicos para que alguém que sofra desta patologia seja diagnosticado e tratado correctamente;

- Estima-se que 50% das pessoas bipolares consobem abusivamente álcool e/ou drogas;

- Mais de 70% dos bipolares têm algum outro transtorno associado a esta doença (de ansiedade, de impulsos, distúrbios alimentares, dependência de drogas…)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Concepção moderna de psicopatologia

As perturbações de que temos vindo a falar designam-se por “mentais” porque os seus sintomas são essencialmente psicológicos, independentemente ou não de poderem vir a provocar sintomas físicos. A definição de psicopatologia mais aceite hoje em dia foi proposta pela Associação Americana de Psiquiatria no seu categorizado manual das perturbações mentais – Diagnostical and Statistical Manual for Mental Disorders (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais) DSM-IV: cada uma das perturbações mentais é conceptualizada como uma síndrome ou padrão comportamental ou psicológico clinicamente significativo que se manifesta numa pessoa e que está associado com mal-estar actual (sintoma doloroso) ou incapacidade (impedimento de funcionar em uma ou mais áreas importantes) ou ainda com um aumento significativo do risco de se verificar morte, dor, debilitação ou perda importante de liberdade.

sábado, 1 de maio de 2010

Carta De Um Esquizofrénico

Aqui têm uma possível entrada de diário de um esquizofrénico. Como podem ver, um indivíduo esquizofrénico apresenta um pensamento desorganizado. Este, pensa-se, deve-se à incapacidade para filtrar os estímulos exteriores que resulta numa hiperestimulação. Leiam e compadeçam-se.
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Estou a escrever em papel. A caneta que estou a utilizar é feita por uma fábrica que se chama “Perry & Co.”. Esta fábrica é em Inglaterra. Presumo. Por detrás do nome Perry Co., está inscrita na cidade de Londres; mas não a cidade. A cidade de Londres é em Inglaterra. Lembro-me disto dos meus dias de escola. Nessa altura gostava muito de geografia. O meu último professor nessa matéria foi o Professor Augusto A.. Era um homem de olhos negros. Também gosto de olhos negros. Também há olhos azuis e cinzentos e ainda de outros tipos. Ouvi dizer que as cobras têm olhos verdes. Todas as pessoas têm olhos. Existem também algumas que são cegas. Estas pessoas cegas são conduzidas por um rapaz (Bleuler, 1911)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Depressão

Deixamo-vos aqui um vídeo sobre a Depressão e um caso clínico em que a recuperação foi visivelmente bem sucedida.


Relatório das aulas do mês de Abril

Desde que regressámos às aulas, temo-nos dedicado especialmente à realização do documento de trabalho teórico e à preparação da Campanha Extingue o Estigma, a realizar no próximo dia 5 de Maio (Quarta-feira). Deste modo, não temos tido oportunidade de actualizar o blogue com a devida regularidade. Mas não se preocupem! Estamos de volta!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estudo Nacional de Saúde Mental

O link que se segue remete para a página da Universidade Nova de Lisboa, a qual publicou recentemente um estudo sobre Saúde Mental e os portugueses. http://www.unl.pt/noticia/faculdade-de-ciencias-medicas-apresenta-estudo-nacional-de-saude-mental

segunda-feira, 29 de março de 2010

Histeria

A Perturbação Mental como Doença III

No fim do século XIX, era claro que a teoria que dava a toda a perturbação mental uma causa orgânica, não era extensível a todas as perturbações mentais; haveria perturbações que tinham causa psicológica. Esta noção surgiu aquando dos estudos mais aprofundados sobre a histeria. Não se pode deixar de fazer uma referência a Freud, que aproveitou os estudos nesta área para desenvolver a Psicanálise.
As pessoas com histeria apresentavam queixas que eram orgânicas: descreviam membros paralisados. Contudo, foi verificado que os tais membros paralisados se moviam perfeitamente quando os pacientes estavam em estado de hipnose; os músculos, bem como os nervos, não se encontravam danificados. Tal sugeria que a histeria fosse uma perturbação psicológica, cuja causa seria um acidente traumático. Por exemplo, um paciente que foi atropelado por um camião, poderia apresentar paralisia histérica.

A Psicopatologia como Doença II


Pinel e outros reformadores foram os primeiros a classificar a "loucura" como uma doença; como tal, os internados deviam ser vistos como doentes que precisavam de tratamento. Posteriormente a esta nova concepção de "loucura", surgiu uma teoria para explicar este mal, chamada Hipótese Somatogénica, que estabelecia que as perturbações mentais teriam uma causa orgânica. Um argumento defensor desta tese apontava para os efeitos dos acidentes cardiovasculares no discurso falado.

No final do século XIX, foi desoberta a causa física de uma psicose relativamente frequente, a Paralisia geral. Esta caracteriza-se por uma acentuada lentidão e aberrações de personalidade, como pensar "Eu estou morto".
Nos endereços seguintes encontram-se alguns textos acerca da paralisia geral


sábado, 27 de março de 2010

A Psicopatologia como Doença

As teorias acerca da "Possessão Demoníaca" perdeu um número significativo de adeptos em alturas da Idade Média. No entanto, isso não significa que os doentes fossem tratados de forma mais digna, ou algo que se parecesse; pelo contrário, eram tratados como análogos à Humanidade. Como tal, foram criados hospitais psiquiátricos em todo o continente europeu. Nestes locais, as pessoas consideradas "indesejáveis" para a sociedade, quer fossem criminosos, vadios, epilépticos, idosos, doentes incuráveis ou mentalmente perturbados" eram isoladas do resto do mundo.
Como exemplo dos maus tratos que sofriam, temos o parágrafo seguinte (Psicologia, Henry Gleitman)

As mulheres loucas, com ataques de violência, são acorrentadas como cães à porta das celas e isoladas do pessoal e visitantes, por um longo corredor protegido com uma grade de ferro; por esta grade, passa a comida e a palha em que dormem; parte da imundície que as rodeia é limpa por meio de forquilhas.
(Foucault)
Em 1793, o médico francês Philippe Pinel quis remover as correntes dos doentes mentais, ao que a reacção por parte de um funcionário foi a seguinte: Cidadão, estareis vós mesmo louco, ao ponto de querer remover as correntes a estes animais?

A Psicopatologia como Possessão Demoníaca


Uma das teorias mais antigas acerca desta temática postulava que as pessoas cujos comportamentos observáveis eram considerados, no mínimo, bizarros, estariam possuídas por espíritos malignos. Por conseguinte, a cura para a doença consistia em expulsar os demónios do corpo, proporcionando aos espíritos um caminho de fuga (abria-se frequentemente buracos em partes do corpo, especialmente no crânio).

Outros "tratamentos" consistiam em "acalmar" os demónios com música ou afugentá-los através de orações ou exorcismos, induzindo o vómito, etc. O paciente podia ainda ser submetido a banhos de água a ferver ou, por outro lado, gelada, a falta de comida, a torturas, tudo isto para que o demónio se sentisse desconfortável e optasse por abandonar o corpo da pessoa.

Os pacientes que eram considerados uma "ameaça demoníaca à sociedade" eram, muitas vezes, torturados até à morte.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Diferentes concepções de loucura

O Papiro de Eber (escrito em 1900 a.C.) refere-se a doenças mentais em que hoje se reconhece, por exemplo, a depressão (Andreasen e Black, 1996).
"Psicologia", Gleitmann, Henri, 8ª edição: "O herói Grego, Ajax, esquartejou um rebanho de carneiros que erradamente tomou pelos seus inimigos; o rei Saúl da Judeia alternava episódios de frenesi asassino com outros de depressão suicida; e o rei Nabuscodonsor da Babilónia andava em quatro patas pensando ser um lobo."
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É frequente confundir o termo Psicopatologia com loucura e insanidade. No entanto, todos estes são distintos. Psicopatologia é definida num post anterior, o qual podem ler clicando aqui. "Loucura" é uma expressão arcaica que não designa qualquer tipo de perturbação mental. "Insanidade" corresponde a uma expressão legal, que se utiliza para designar uma decisão de um tribunal que atesta que uma pessoa não pode ser responsabilizada pelos seus actos. (Ex.: Não culpado por razões de insanidade."

O que é a Psicopatologia?


Segundo alguns autores, o conceito de Psicopatologia abrange "comportamentos normais que se afastam da norma em termos de frequência ou intensidade.". Ou seja, pode considerar-se que estamos perante um caso de Psicopatologia, aquando de um desvio estatístico. Por exemplo, pode acontecer a qualquer pessoa ver uma colónia de lesmas a trepar pela parede do seu quarto e, no momento seguinte, já não estar lá. Pode ser considerado normal que isto aconteça uma vez por ano, mas se acontecer três vezes por dia pode ser sinal de alguma coisa.

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A Psicopatologia constitui uma verdadeira doença, tal como a gripe. No entanto, ainda está por desvendar a causa concreta destas doenças - psicológica ou claramente mental. Qualquer que seja a sua origem, é facto que têm consequências nefastas no organismo, sendo bastante debilitadoras.


domingo, 21 de março de 2010

Do I have Schizophrenia? (Terei esquizofrenia?)

Aqui está um filme que explica de forma sucinta o que é a esquizofrenia. Está em inglês.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Coulrofobia

Fica aqui um vídeo, como prova real, de como a fobia (neste caso a Coulrofobia - fobia de palhaços) afecta as pessoas de uma forma extrema.

Palestra - Extingue o Estigma!




Como há muito planeado, no dia 15 de Março realizou-se a tão esperada palestra sobre o estigma associado à Psiquiatria e à doença mental.
No papel de organizadoras, recebemos os nossos convidados no portão da Avenida Rodrigues Manito às 11h45. Estiveram presentes o Dr. Rui Ribeiro (psiquiatra), a Drª Ana Isabel (Psicóloga da ADEB) e uma doente bipolar.

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A sessão teve início por volta das 12h00, e nela participaram alunos e professores, nomeadamente os alunos das turmas E, C, B e I do 12º ano.
Primeiramente, o Dr. Rui Ribeiro e a Drª Ana procederam à desconstrução do conceito de "Psiquiatria" e "estigma associado à psiquiatria", e também esclareceram dúvidas colocadas pelos alunos.
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O ponto alto da palestra foi o testemunho dado pela nossa convidada que sofre de Transtorno Bipolar. Na nossa opinião, foi um momento bastante emotivo e cativante, que, sem dúvida, comoveu os espectadores. A humanidade e coragem da paciente prenderam a atenção de todos no auditório, ajudando-nos a atingir o nosso objectivo de sensibilizar a comunidade escolar para este problema, sendo que o público-alvo aderiu activamente.
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Deixamos um agradecimento a todos os que participaram na palestra, principalmente à Drª Sandra Almeida, ao Dr. António Gamito (Hospital S. Bernardo), ao Concelho Executivo da escola, e à professora Ana Costa, que possibilitaram a realização desta actividade. Queremos agradecer, muito em especial, à nossa doente convidada (a quem devemos e admiramos muito), ao Dr. Rui Ribeiro e à Drª Ana Isabel, os oradores, que foram uma peça fundamental no nosso puzzle. Obrigada a todos.
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Catarina, Carolina e Mariana




quinta-feira, 11 de março de 2010

I WANT YOU TO STOP ESTIGMA




A palestra vai ser realizada na próxima segunda-feira, dia 15 de Março de 2010, esperamos que todos compareçam, pois a vossa presença é determinante para a dinâmica da actividade. Esta contará com a participação de um psiquiatra e de um paciente reabilitado, que darão o seu testemunho, ajudando-nos a atingir o nosso objectivo de promover uma acção anti-estigmatizante.

Relatório das actividades realizadas

As últimas aulas têm sido utilizadas para conceber os cartazes, imprimi-los e afixá-los pela escola de maneira a promover a nossa palestra. Também assistimos à visualização de um documentário no âmbito do trabalho do grupo "2012, Ciência ou Superstição", que ocorreu no Anfiteatro de Geografia na passada quinta-feira.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Relatório do dia 25 de Fevereiro


Na aula de hoje fizémos os relatórios das actividades realizadas pelos outros grupos da turma.

Decidimos publicar aqui um panfleto que iremos distribuir às pessoas e afixar em vários sítios na escola.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Relatório da aula do dia 22 de Fevereiro

Nas últimas aulas temos assistido às actividades dos grupos dos nossos colegas (Palestra sobre Fisioterapia e Enfermagem - Grupo das Pré-universitárias; "Debate sobre os problemas na adolescência - Confronto de gerações" - Grupo dos "Problemas que afectam os jovens"). Além disto, procedemos à concepção dos cartazes que serão a cara da nossa campanha (publicá-los-emos aqui mais tarde).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Coulrofobia


Terça-feira de Carnaval. Achámos que seria pertinente fazer alusão a uma fobia que afecta muitas crianças, adolescentes e alguns adultos. Chama-se coulrofobia e caracteriza-se por um medo mórbido de palhaços, das suas vestimentas e, principalmente, das suas pinturas faciais. Esta fobia normalmente surge em crianças, após uma experiência intimidadora e/ou traumática com um palhaço. Consequentemente, a criança ganha uma aversão aos palhaços que pode prolongar-se o resto da sua vida. Alguns dos sintomas dos indivíduos portadores desta fobia são a perda de fôlego, suores frios ou náuseas.



Existe uma fobia similar chamada pupafobia, que é o medo de bonecas de porcelana, estátuas de cera, marionetes, e tudo o que imite um ser animado.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Síndrome do falso amor


Escolhemos o dia de S. Valentim para escrever sobre um síndrome que, embora fuja um pouco ao grosso da área de estudos da Psiquiatria, se enquadra no âmbito da Psicologia. Chama-se Síndrome do Falso Amor, e afecta homens e mulheres. Caracteriza-se pela vivência, como o nome indica, de um falso amor, pois a pessoa, devido a processos neurológicos complexos, transfere para a pessoa por quem julga estar apaixonada os ideais de um amor perfeito. Na realidade, o indivíduo que sofre do síndrome, apaixona-se pela ideia que projecta na outra pessoa, o que conduz muitas vezes a amores não correspondidos e a relações desequilibradas.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tipos de fobias


Há três tipos fundamentais de fobia:

1) Agorafobia (medo da ágora) - neste tipo de fobia, a pessoa manifesta pânico em permanecer em lugares ou passar por situações de onde seja embaraçoso ou difícil escapar. Este medo inclui situações como estar no meio de uma multidão, estar numa grande fila, viajar sozinho...

2) Fobia social - a pessoa tem medo de passar vergonhas e tem medo de que os outros se apercebam dos seus estados de ansiedade. Esta pode, ou não ser específica para uma situação (ex.: medo de rir em público). No outro caso, pode ser generalizada, e então, as pessoas receiam integrar-se num grupo, bem como iniciar e manter pequenas conversações, falar com autoridades...

3) Fobias simples ou específicas - medo exagerado de situações ou objectos concretos. (ex.: andar de elevador, nadar, andar de avião, cobras...)

O DSM-IV subdivide as fobias específicas em cinco subtipos principais:
a) Animais;
b) Aspectos ambientais;
c) Sangue/feridas;
d) Situações;
e) Outros.

Fobias


Outra coisa de que já todos devem ter ouvido falar são as fobias. A palavra deriva do grego, Phobos, que era a deusa do medo. Uma fobia é isso mesmo; um medo excessivo, irreal e aversivo relativamente a um objecto, animal, situação ou lugar. Dependendo do grau, pode ser classificada como uma Psicopatologia, fazendo, pois, parte das doenças do espectro da ansiedade, só se manifestando em certas circunstâncias. Este temor resulta num evitamento anormal de realizar uma dada actividade, experimentar certas actividades ou estar perante um determinado objecto.

Na seguinte hiperligação, têm acesso a uma lista de fobias, algumas das quais serão tratadas por nós, aqui :)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_fobias

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Alucinações visuais


As alucinações visuais são, bem como as auditivas, as que surgem mais frequentemente. São percepções visuais nítidas e intensas de tal forma, que a pessoa que as experiencia acredita plenamente que aquilo que viu se passou, de facto. O conteúdo das alucinações visuais não tem uma forma específica. Pode surgir como: um clarão, uma chama, um vulto, uma sombra, experiências caleidoscópicas; ou, por outro lado, ter uma natureza mais definida, constituindo pois animais, figuras simbólicas, pessoas, etc.
Há certas alucinações que adoptam uma postura cénica, em que o doente, inclusivamente, se encontra a presenciar uma cena, como por exemplo, uma criança a correr atrás de uma bola. Estas tendem a aparecer durante o adormecimento do indivíduo, e persistem momentos depois de a pessoa abrir os olhos. Alucinações deste tipo adquirem a designação de alucinações oníricas, as quais Freud chamou "alucinações hipnagógicas". O doente pode ainda ver-se fora do seu corpo, sendo que estas alucinações se chamam autoscópicas, e são evidentemente assustadoras e degradantes.
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As alucinações que surgem têm como objectos elementos culturais da vida mental do indivíduo em questão.

Alucinações


Já devem ter ouvido falar no termo "Alucinações". De qualquer forma, embora estas não constituam em separado um tema de abordagem no nosso trabalho, decidimos publicar no blogue tudo o que aprendemos até agora sobre as alucinações.

As alucinações são percepções individuais extremamente reais e por vezes mórbidas de sons, objectos ou mesmo sensações (percepções dos órgãos dos sentidos) que, no entanto, não existem. Por isso são consideradas "percepções sem um estímulo externo", enquadrando-se no grupo das Psicopatologias, embora quase sempre associadas a psicoses ou outras enfermidades mais graves. Quando uma pessoa tem uma alucinação, a imagem, sensação ou objecto que lhe surge é verdadeiramente nítida, ainda que pareça bastante irreal às outras pessoas. Frequentemente as alucinações aparecem em forma de imagens visuais, que são muitas vezes descabidas. Isto deve-se à grande liberdade de associações de formas e objectos que o indivíduo percepciona. Podem ser causadas por drogas, medicamentos, síndromes associados ao stress, fadiga ou mesmo febres. Abordaremos depois alguns tipos de alucinação.
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=178&sec=54

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Curiosidades V


É frequente nas pessoas referirem-se aos Psiquiatras como médicos dos malucos. O que muitos não sabem nem sonham é que as doenças psiquiátricas com traços de loucura constituem uns escassos 5% de todas as psicopatologias que afectam os doentes. Mais ainda, a maioria das pessoas que se dirigem a consultas, fazem-no por sentirem violentos tormentos psicológicos, não devendo, por isso, ser marginalizadas. A Psiquiatria é um ramo da Medicina que estuda os distúrbios comportamentais associados ao pensamento, transtornos de ansiedade e outras enfermidades graves. Tem subespecialidades diversas e áreas de estudo várias a que faremos referência certamente. Por vezes, é posta em causa pelo facto de as doenças não serem visíveis através de um exame médico como um tumor que cresce ou uma infecção que se alastra. Será uma doença física mais degradante que uma doença mental? A resposta é tão simples quanto esta - depende. Pensem sobre isto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Hipótese da Transmissão Viral - Esquizofrenia

Foi levantada uma hipótese acerca do surgimento da esquizofrenia em que esta doença podia ser transmitida através de um vírus. Foi estudada na sequência do aparecimento de vários casos repentinos em indivíduos cujas mães também estavam infectadas, no outono de 1975, em Helsínquia.
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A teoria tem vindo a ser desacreditada e posta de parte, pois até hoje não foram apresentados estudos conclusivos ao ponto de permitirem estabelecer uma relação directa, e não há dados suficientes que a suportem.

Campanha: "Psiquiatria - Extingue o Estigma"


Hoje começámos os preparativos para a nossa Campanha.
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Queríamos que o nome incluísse o tema do nosso trabalho, bem como o tema da campanha (combate ao estigma social face às doenças psiquiátricas), e que fosse apelativo. Como tal, a primeira palavra reporta-se ao nome do projecto, enquanto que a segunda parte reflecte o objectivo da campanha.
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No dia da campanha vai ter lugar uma palestra que dá pelo mesmo nome que esta. Pretendemos, para mobilizar a comunidade escolar, distribuir folhetos com informação sobre as doenças, e fitas coloridas como simbolo da acção que defendemos.
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No fim, faremos um balanço sobre a adesão do público-alvo.

Planeamento da visita ao hospital

No final da aula de hoje, ficou acordado que tentaríamos obter informação acerca dos seguintes tópicos:
- funcionamento da Unidade de Psiquiatria
a) Internamentos;
b) Terapias;
c) Consultas externas.

Relatório 1 de Fevereiro

Nas últimas aulas, temo-nos dedicado arduamente à composição do trabalho escrito. Hoje, visto ser a penúltima aula que temos antes da nossa visita ao Hospital São Bernardo para conhecer a Unidade de Psiquiatria, fizemos um planeamento da mesma, onde enumerámos as questões a tratar.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Curiosidades III - Depressão em crianças

Aproximadamente 5% das crianças e adolescentes da população geral apresenta sintomas de depressão em algum momento da sua vida.
Os sintomas mais comuns são:
a) Tristeza, choro;
b) Desesperança;
c) Perda de interesse nas actividades preferidas;
d) Apatia e falta de concentração;
e) Falar em fugir de casa...
... etc.

Relatório das aulas da semana de 18 a 22 de Janeiro

Nas aulas desta semana, iniciámos a realização do trabalho escrito. Incidimos sobre uma abordagem histórica das doenças mentais, desde 490 a. C. até à actualidade.
Prevemos que na semana seguinte cada membro do grupo escreva a parte que lhe corresponde sobre a doença que escolheu.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Relatórios das aulas dos dias 11 e 14 de Janeiro

Em ambas as aulas o grupo dedicou-se à pesquisa de conteúdos teóricos acerca das doenças a abordar (esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar). Para tal, recorreu-se a livros e à internet .

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Curiosidades II

A depressão grave é actualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo e situa-se em quarto lugar entre as dez principais causas da carga patológica mundial.
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As mulheres apresentam os sintomas da depressão duas vezes mais do que os homens.
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A depressão afecta 340 milhões de pessoas, segundo a pesquisa de 2006 da Federação Mundial para Saúde Mental.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão está associada à morte de cerca de 850.000 pessoas por ano no mundo.
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http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Relatório das aulas dos dias 4 e 7 de Janeiro

No dia 4 de Janeiro retomámos o nosso trabalho. Escrevemos o rascunho de um e-mail que enviámos hoje à médica do Hospital de Setúbal que nos está a auxiliar, juntamente com o Pré-projecto.
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Na aula de hoje reunimo-nos com a professora, para tratar algumas questões acerca da gestão das palestras que vamos realizar. Ficou acordado que vão ser realizadas no segundo período duas palestras: uma delas sobre o estigma social que incide sobre os doentes psiquiátricos, que será dada por um profissional da área; a segunda será dada por nós, sendo uma exposição sobre algumas das doenças psiquiátricas que constituem o corpo do nosso trabalho.

Feliz Ano Novo!


Desejamos aos nossos visitantes um óptimo ano 2010, e esperamos que continuem a visitar o nosso blogue!